Personagens: a princesa e o Sapo;
Tempo: manhã orvalhada;
Espaço: jardim do palácio da Princesa;
Situação inicial: enquanto joga à bola, esta mergulha na água de um charco e a rapariga não sabe como a ir buscar; um sapo emerge das águas com a bola nas patas e impõe condições para a devolução da mesma.
A princesa chutou a bola para dentro do lago. De lá de dentro surgiu um sapo com a bola nas patas. A princesa olhou para o sapo e perguntou-lhe:
-Podes dar-me a bola, se fazes o favor?
E o batráquio respondeu:
- Só se responderes a três enigmas.
E ela perguntou ansiosa:
- Quais são, sapo?
O animal esboçou um sorriso maldoso:
- O que respira sem pulmões, tem pés e não anda?
Primeiro, ela pensou que fosse um peixe, pois esse respira sem pulmões, tem guelras, mas não podia ser esse animal. Isso porque um peixe não tem pés. Pensou mais um pouco e finalmente respondeu:
- Já sei! É uma planta!
E o sapo deu os parabéns:
- Muito bem, acertaste o primeiro enigma! Agora, vamos ver se acertas os outros dois!
O sapo prosseguiu:
- Continuemos com o segundo enigma. E o enigma é o seguinte: o que é redondo como o Sol e tem raios como o relâmpago e leva-nos a todo o lado?
Primeiro, a rapariga pensou que fosse o fogo, mas pensou melhor e indicou que era a roda da bicicleta.
O sapo congratulou-a:
- Boa. Resposta certa. Falta apenas um enigma. Vamos ver se este corre tão bem como os anteriores. Sou frio, também sou quente, sou fraco, também sou forte. Nunca posso estar parado... vejam lá a minha sorte!
E a princesa sugeriu que era o vento, mas reconsiderou e respondeu que era o outono. O animal abanou a cabeça:
- Lamento, mas erraste. Não era o outono, era o vento.
E a donzela suspirou:
- Oh, que maçada! Então não vou ter a minha bola?
O sapo ponderou:
- Vou pensar no assunto, mas se eu concordar em te devolver a bola, tu jogas comigo.
Matilde Gameiro, turma B, São Simão de Litém
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